“Vivendo se aprende; mas o que se aprende, mais, é só a fazer outras maiores perguntas.”

Explorar o desconhecido: esse foi o sentimento que mais me impulsionou lá no começo da minha carreira. Eu estava quase finalizando a faculdade e, assim como todos os outros alunos, eu também precisaria de uma residência médica. 

 

Mas ainda não sentia que eu estava pronta para esta definição. Eu queria aprender enxergar por outras óticas. Por isso, optei por fazer uma imersão através do Programa Saúde da Família em um pequeno vilarejo próximo a BH.

“Digo: o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia.”

Em um cenário de total escassez de recursos, eu precisei  aprender de tudo um pouco. Tive experiências que me marcaram e que desenvolveram em mim uma habilidade que faculdade alguma poderia ensinar: a empatia. 

 

Mas, além disso, aprendi a correlação preciosa entre o olhar clínico, a perspectiva psiquiátrica e como um pode influenciar diretamente o outro.

“O que a vida quer da gente é coragem.”

Após concluir a especialização em saúde da família, segui para a cidade de Barbacena, onde cursei a residência de psiquiatria. Ao final da residência médica tive o privilégio de ser recebida em um lugar de abundância em organização e recursos: a França. Lá, a primeira impressão foi de estar no cenário ideal de temperatura e pressão, exatamente como estar nos livros da faculdade, tudo como tinha de ser. 

 

Os medicamentos mais avançados disponíveis de forma gratuita na rede pública e as consultas eram diálogos nos quais os médicos conduziam seus pacientes com ciência, razão e, principalmente, atenção. Eu absorvi para mim tais traços e, até hoje, compartilho deles com meus pacientes.

“O importante e bonito do mundo é isso: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam e desafinam.”

Hoje, de volta ao Brasil, formada e após diversas outras experiências médicas, olho para trás orgulhosa das escolhas e diversas experimentações que me permiti viver. 

 

Elas preencheram minha bagagem com um olhar atento, empático e, claro, sempre focado na verdadeira medicina, que trata e cuida de pessoas — assim como você, com quem eu desejo também compartilhar, em nossas consultas, o meu repertório. Vamos dar início a essa nova jornada juntos?